quinta-feira, 30 de abril de 2009

Estreei os 27 anos com um papoco!

Podia trocar o título deste post por "Falta do que fazer". Tremendamente entediada, andei fuçando meu próprio blog (será que isso se chama narcisismo?), e decidi terminar o mês de abril com dez posts para bater meu recorde mensal.

Vi meu primeiro post e o compromisso que fiz comigo de ter um 2009 diferente. Até agora, pelo menos em relação a certas datas, parece que consegui. Minha maior vitória foi comemorar meu aniversário (sexta-feira passada, dia 24) de bem com a vida. Depois de muito tempo, foi o primeiro em que não me incomodaram as coisas que não tenho. Pelo contrário, celebrei intimamente as coisas que tenho. Celebrei até o fato de ter conseguido pegar o bolo na casa da boleira-que-mora-no-fim-do-mundo sem me perder no caminho.




Aliás, meu presente de mim para mim mesma foi uma experiência e tanto. Resolvi conservar meu momento de bem-estar com um ensaio fotográfico. Meu propósito foi preservar um momento inédito de saudável autoestima. Foram mais de setecentas fotos, nas quais apareço em mais da metade:

a) fazendo careta;
b) em estado de visível tensão;
c) com os olhos quase fechados por causa da combinação luz solar + astigmatismo;
d) fazendo careta, em estado vísivel de tensão, com os olhos quase fechados por causa da combinação luz solar + astigmatismo.

(Isso me lembra esse post engraçadíssimo da Maddie.)

Mas no fim, o produto ficou legal graças principalmente ao Aron Rocha, O Fotógrafo. Quem quiser ver o trabalho dele, pode seguir este link aqui. Ressalto que foi mesmo uma experiência e tanto. Saímos sete da matina rumo à Prainha, parando em locais bonitos no meio do roteiro para aproveitar paisagens enquanto o banco traseiro do meu carro ficava pior do que meu quarto, com todas as trocas de roupas espalhadas por cima dele.

Falando em carro...

Aí veio o papoco (ou segundo o Houaiss, o estrondo). Em um domingo ensolarado, dia 26 de abril - para ser mais exata, saio sorridente para uma caminhada na praia. Mas eis que havia um ciclista suicida circulando pela Av. Santos Dumont. Eis que ele acha de atravessar a avenida no momento em que um carro se aproxima. E então o carro freia bruscamente para frustrar o desejo suicida do ciclista filho-da-puta.

Aí bato no carro que freou bruscamente.

E então? Estreei os 27 anos com um papoco ou não? A boa nova é que estou bem, tenho seguro e gostei da minha reação na hora do acidente. Em vez de pensar "Não acredito que isso aconteceu comigo" (será que isso se chama egocentrismo?), disse mentalmente:

"Porra, bati o carro."

Ponto final.

E o ciclista suicida? Sequer olhou para trás. Deve estar causando mais prejuízos por aí, o filho-da-puta.

3 comentários:

Maddie Anni Vercelli disse...

ah, fofolete, parabéns pelo seu aniversário. Não tem nada mais gostoso do que quando a gente se descobre não é mesmo? E parabéns pela idade, que segundo minhas amigans (ainda não cheguei lá) e como você mesma constatou, é de celebrar as próprias vitórias e as belezas das situações da vida.
Beijas e obrigada por gostar do post

Aluízio Loureiro disse...

Raquel, te achei muito de bem naquela noite, mesmo. Te achei desencanada, a fim de se ligar no que realmente tem importância, de curtir os amigos, o momento e acho que por conta disso tudo o aniversário foi ótimo. Obrigado por me fazer parte dele. E repito: adoooro quando você canta Falling slowly com o George, fica o máximo!
E duvido que as fotos tenham ficado como você disse. Acho que isso é exagero de quem se olha no espelho todo dia e vê defeito até num fio de cabelo. rs!
Beijo, continue alargando as fronteiras ;-)

Garota D disse...

Ai, Raquel, que amiga tratante eu sou! Esqueci! E você ainda tinha dito que era depois do meu aniversário de namoro... Mas Feliz Aniversário atrasado. Muitas felicidades, sucesso, saúde, amor, conquistas, realizações, posts, seguidores, prêmio de mega-sena (mesmo sem jogar!), abraços, beijos, cafuné, sorrisos, friozinho debaixo do cobertor, viagens, filmes, músicas, poesia, livros e todas as coisas que fazem a vida mais emocionante. Beijos! O Alzheimer me paga!