domingo, 30 de maio de 2010

Tok Stok - tsk, tsk

Originariamente, tinha pensado em um post bem diferente para postar hoje. Eis que as circunstâncias me fazem falar do péssimo serviço que a Tok Stok me prestou neste sábado. Então, lá vai meu post-reclamação.

Havia comprado parte da minha mobília na Tok Stok e agendado o sábado dia 29/05 para recebê-la, com a observação de que a entrega deveria ser realizada a partir das 14h, único horário em que poderia estar no apartamento. O problema é que isso não foi comunicado à transportadora, e, às 13h30, recebo uma ligação me comunicando que, se não estivesse no local da entrega em dez minutos, deixariam os móveis na portaria (e olha que paguei mais caro para que eles entregassem e montassem a mobília).

Consegui chegar a tempo, mas só para descobrir que, de uma compra que abrangia mesa, cadeiras, rack, mesa de centro e mesa lateral, apenas me entregaram... as cadeiras! Liguei duas vezes para a loja, recebi a promessa de que veriam o que teria ocorrido e me telefonariam de volta - e nada. Nem uma ligaçãozinha. Apenas depois da terceira vez, quando falei de novo com a vendedora, tive a resposta de que a transportadora havia cometido um erro, e que os móveis já não chegariam mais no sábado.

Shame on you, Tok Stok.

p.s. pós-postagem: Hoje, 1 de junho, a Tok Stok entregou tudo direitinho.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Caverna do Dragão - último episódio


Em abril, meu irmão me passou por email o último episódio de Caverna do Dragão em quadrinhos, desenhado por Reinaldo Rocha. Desde então, queria divulgar esse trabalho no blog, acreditando que seria A Novidade. Mas eis que, hoje, vi que o Jovem Nerd já fez isso em março neste post aqui.

Então, para quem curtiu Caverna do Dragão, para quem teve medo de olhar debaixo da cama e encontrar o mesmo portal que levou Hank & CIA àquele mundo*, para quem detestava a Uni, para quem tinha pena do Presto, para quem achava o Eric um chato, para quem foi aluno do Arnaldo Vasconcelos e pensou que ele bem podia ser o Mestre dos Magos, para quem sempre quis saber como terminou - para todos vocês, basta clicar no link aí em cima e fazer o download da HQ.

E para quem quiser conferir o script, que realmente acredito ser o original (mas há quem me chame de ingênua de vez em quando), é só acessar o site de Michael Reaves, um dos roteiristas da série. Lá, Reaves explica que a CBS queria um episódio que respondesse a todas as perguntas, mas que, ainda assim, fosse ambíguo, uma vez que não se sabia se a quarta temporada seria lançada. O roteirista também desmente alguns boatos acerca do fim da série - como aquela famosa versão segundo a qual os garotos estariam mortos e aquilo tudo era uma ilusão passada no inferno ou purgatório (me confundi com Lost?). Reaves deixa então o link para o roteiro de Requiem - o episódio escrito para ser o fim.

* Eu sei que não foi assim que eles chegaram lá, mas juro que tinha esse medo quando era criança.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Luz da nobreza

Mais um post musical.

Essa canção foi minha trilha sonora durante um tempão um tempinho atrás. Toda vez que acordava, era ela que troava educadamente (perdoando o paradoxo) nos limites da minha manhã e do meu quarto. Um dia desses, depois de ressuscitar meu velho MP8, a redescobri. Gostei do bem-estar que ela me trouxe.

A música é do grupo Pedro Luís e A Parede.



A letra é a seguinte:
( Música : Zé Renato / Letra : Pedro Luís )

Minha folia
É a rainha
Que faz coroação

E seu cortejo
Traduz desejo
Alegra o coração
que vai

Devagarinho
Deixando o ninho
Buscando a imensidão

Passeio breve
Seu passo é leve
Compasso de canção
Vem

Pedir passagem
Seguir viagem
Até um clarear

De cor tão bela
Qual aquarela
Eu quero ofertar
Pra ti


Todos os brilhos
Todos os filhos
Nascidos do cantar

Eu trago a prenda
E a oferenda
Te tiro pra dançar

Dança de rei
Coisa de Deus
Deixa eu ser seu par

Rosa de luz
Rindo pro céu
Quero cortejar
E louvar

Agradecido
Brindo ao destino
Com versos que colhi

Pelo caminho
Desde menino
Poetas que ouvi
Me dão

Tecido nobre
De ouro e cobre
Com rendas que escolhi

Eu faço o manto
Junto ao meu canto
E ofereço a ti

Dança de rei
Coisa de Deus
Deixa eu ser seu par

Rosa de luz
Rindo pro céu
Quero cortejar
E louvar

Na despedida
A estrada é linda
Pra sempre um caminhar

E sopra o vento
Do encantamento
Certeza de voltar
É bom

Que seja logo
Aos céus eu rogo
Que eu volte para ver

Tanta beleza
Luz da nobreza
Pra sempre eu quero ter
Você e eu

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Qual é o seu anão corcunda?

Aproveito o ensejo do post sobre o livro Quando o Irã censura uma história de amor e falo do anão corcunda, ou melhor, do cadáver do anão corcunda.

Conversando com a Pessoa Inteligente sobre os elementos fantásticos presentes na obra, relatei um dos que mais me intrigava. Era um tal de anão corcunda, em cujas órbitas redondas "parece não haver globos oculares" (p. 14), que morre no início da história. Vira e mexe, seu cadáver aparece em momentos inusitados, havendo até um episódio em que uma personagem esconde o corpo dentro do porta-malas do carro de outra personagem.

Reclamei que não sabia o que significava aquele cadáver de anão corcunda. A Pessoa Inteligente me respondeu com uma pergunta:

"O que é que há de bizarro na vida das personagens?"

E como ela não deixa barato, arrematou:

"O que é que há de bizarro na sua vida? Que anão corcunda você guarda no porta-malas do seu carro? O que é que já está morto e fedendo, e você ainda assim o carrega?"

Okay. Boa pergunta. O que há de bizarro na minha vida? O que é que existe somente na minha cabeça (existe bizarrice maior do que criar alguma coisa só para atazanar sua própria existência?)? Que roupa não cabe mais e continuo querendo vestir?

Para falar a verdade, acho que, naquela época, guardava o cadáver de um gigante empertigado, tamanha era a estatura da questão que me incomodava. Nem sei se me desfiz mesmo do corpo - pode ser que eu ande por aí arrastando-o. Mas, naquele momento, até que o problema ficou bem visível. Eu tinha tudo o que sempre quis. E não estava feliz por pura ficção criada pelos meus medos e inseguranças e desejos inconscientes f***** da p****.

O pior é que agora ando vendo outros anõezinhos... daqui a pouco, somam sete. E pena que não vão ser os sete da Branca de Neve, porque os meus são bem feinhos e inoportunos. Identifiquei um deles hoje. Já devia tê-lo enterrado há um tempão, mas acho que carrego esse cadáver de anão no bolso, dada a facilidade com a qual o ponho à mostra. Hoje ele fez um pequeno estrago no meu dia. Gostaria de cremá-lo com este post.

E quanto a você? Qual é o seu anão corcunda?

Quando o Irã censura uma história de amor


Tive um professor de redação que desaconselhava o emprego do adjetivo "interessante". Dizia que nada é mais vago do que um "interessante". Para ilustrar, encenava um diálogo quase assim:
- Que tal o filme, professor?
- É... interessante.
E perguntava: afinal, "interessante" é bom ou ruim?

Não sei. Vai ver que é os dois. Vai ver que não precisa ser nem um nem outro. Só sei que o adjetivo se aplica muito bem para resumir minha opinião sobre o livro Quando o Irã censura uma história de amor, de Shahriar Mandanipour.

Esse foi o primeiro livro que li em 2010. Terminei em janeiro e fiquei sem rumo para escrever um post sobre ele. Acessei hoje o site do autor e vi excertos de várias resenhas deslumbradas com a obra. Do que concluo que o problema sou eu e minhas limitações, aparentemente. Ou talvez seja só aquela velha questão de gosto, que ninguém deveria mesmo perder tempo em discutir.

Minha questão com o livro é bem simples e infantil: tenho um pouco de dificuldade em aceitar os elementos fantásticos que estão presentes na obra. Simplesmente não combinamos, o fantástico e eu. E desconfio que a culpa é toda minha. Tenho uma leitura literal demais das coisas e acabo perdendo o significado do simbolismo que está ali.

Limitações literárias (cognitivas?) à parte, apreciei a forma inteligente como o livro foi escrito e a própria ideia que o gerou. Sem falar que é um mergulho inédito e bem humorado, na maioria das vezes, na cultura e dia-a-dia iranianos. O autor relata fatos curiosíssimos e absurdos, dos quais me lembro particularmente da proibição do uso de gravatas no vestuário masculino, uma vez que apontam para a área dos genitais.

Enfim, um livro interessante.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Minhas fanfics de Harry Potter

Fanart de Hito76

Percebi, um dia desses, que nunca falei das histórias de Harry Potter que escrevi. Trata-se, é claro, de fanfics, que a wikipedia define assim:
Fanfic é a abreviação do termo em inglês fan fiction, ou seja, "ficção criada por fãs". Trata-se de contos ou romances escritos por terceiros, não fazendo parte do enredo oficial do livro, filme ou história em quadrinhos a que faz referência.
Redigi cinco fanfics, que foram postadas no site Wizard Tales sob o pseudônimo Maria Taglioni. A primeira delas se chamava Anything-you-want-it-to-taste flavored lipstick. Surgiu da minha insatisfação com a J.K. Rowling (olha minha audácia!) quando ela introduziu o romance entre Harry e Ginny na saga. Na época, tinha ficado incomodada como, praticamente do nada, no intervalo entre o quinto e o sexto livros, Harry se descobria apaixonado pela Ginny. Daí resolvi correr atrás da minha catarse (essa é a beleza das fanfics) e escrevi esse conto, no qual Harry se dá conta, pela primeira vez, que Ginny já não é mais uma criança.

A segunda fanfic foi Break-ups. Com ela, tirei proveito da liberdade de expressão e criei um cenário alternativo para o começo da relação entre Harry e Ginny. A motivação para essa história foi apenas dar vazão ao meu romantismo, que teimo em não aceitar que existe e que beira o piegas.

A terceira história foi When two heartbeats match, outro resultado da minha birra com a J.K. Rowling. Com esse conto, quis preencher um vazio e explicar como é que a Ginny tomou coragem para sair correndo ao encontro do Harry e tascar aquele beijo do sexto livro.

Reborn foi a quarta fanfic e a única que não é sobre a relação de Harry e Ginny. Como errar é uma coisa muito doída para mim, pensei em quão difícil deveria ter sido para a pequena Ginny do segundo livro lidar com as consequências dos seus atos. Reborn é a minha ideia de como Ginny conseguiu se redimir perante si mesma.

Por fim, a última fanfic é By Making Things Right. Nela mostro que Ginny era importante para o Harry na medida em que contribuía para o bem-estar emocional dele. Como estar bem é o pressuposto para fazer qualquer coisa importante na vida, inclusive derrotar Lord Voldemort, Harry descobre que é melhor correr o risco de estar com a Ginny, porque, bem, ela é o interruptor do quarto escuro dele (olha o romantismo aí...).

p.s. pós-postagem: Tenho constatado problemas recorrentes com os links do Wizard Tales, então deixo aqui o HarryPotterFanfiction, site em que também postei as fanfics.