É um fato inédito postar três vezes em um dia, mas este é o post essencial de hoje e destoa completamente dos outros dois. Recebi agora à noite a notícia de que uma ex-aluna cometeu suicídio. O amigo que me contou soube enquanto eu estava viajando e esperou para me ver pessoalmente para relatar o acontecido.
É um momento de choque e de compaixão, infelizmente tardia e inefetiva, porque não posso sequer tentar ajudar a M. A lembrança que tenho dela é de uma pessoa sempre alegre e ativa, que não condiz com todo o processo de autoisolamento que culminou em sua morte. Ela não deixou nota ou explicação. Não fez alarde, não acusou alguém ou uma situação. Deixou um mistério para nós e a dor para os mais próximos.
Como meu amigo disse, somente uma dor existencial muito grande justificaria esse ato. Concordo com ele. Uma dor desse tamanho pede nossa compaixão e nosso amor.
Não sei o que pensar sobre a morte. Não sei se ela é passagem, fim ou recomeço. Por hoje, vou escolher acreditar que a M. encontrou a paz.
Um comentário:
Puxa, Raquel, sinto muito. :-(
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