sábado, 13 de agosto de 2011

A Árvore da Vida

O que falar sobre A Árvore da Vida? Sinceramente, pensei em postar no Facebook que o filme era grande demais para o meu intelecto. Depois li alguns críticos de cinema que sempre consulto na internet e percebi que talvez tenha compreendido mais do que supunha. Na realidade, a impressão que restou foi a de que não entendi mais a linguagem do diretor do que sua mensagem.

Okay. Dito isto, como continuo? É engraçado como fragmentos do filme vêm à minha cabeça e percebo que o longa se desenrola exatamente como nossa memória funciona. A história da família O'Brien é contada episodicamente, com punhados de fatos intercalados por cenas simbólicas (muitas das quais, confesso, escaparam da minha compreensão). O que mais me agradou dessa história é vê-la contada pelos olhos do garoto Jack, aos quais o diretor dedica uma fidelidade inabalável. Na tela, surge somente o que foi marcante para o menino, mas como isso tem o poder de evocar nossas próprias lembranças, desde aquela curiosidade (proibida) acerca dos que são diferentes de nós à dor de deixar a casa de infância. Imagino que, para os homens, a relação de Jack com seu pai deve ressoar ainda mais forte.

Esse microcosmos que é narrativa da família O'Brien tem paralelo com a própria história do universo e da Terra. Sim, o filme possui uma longa (e muito bonita) sequência que ilustra o surgimento do cosmos depois de ouvirmos a Sra. O'Brien perguntar a Deus quem somos para Ele. Acho que a resposta é que somos parte do todo, um desdobramento natural dos eventos de bilhões de anos atrás. E talvez tudo seja sempre uma constante renovação, porque o filme termina onde começa, com uma imagem ambígua que nos sugere ora um feto ora a tão famosa luz das experiências pós-morte.

E o resto eu não sei mais, rs. Para falar a verdade, não sei nem se gostei do filme. Não há dúvida de que é lindo, seja pelas imagens, seja pela humanidade que contém. Mas fica um mas que é mais questão de gosto, de costume ou expectativa...

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi, ARM!
Vi o filme hj e, diferente de vc, o achei lindíssimo. E aqui vão alguns motivos bem subjetivos (como diz o Sr. O’Brien).
Me identifiquei demais com a infância dos personagens, com suas felicidades e aventuras com coisas triviais e, mais ainda, com os sentimentos de temor/mágoa/admiração dos filhos pelos pais.
Chega a ser impressionante como esses sentimentos (de temor, mágoa e admiração pelos meus pais) são determinantes no meu comportamento de adulto hj...
Gostei muito da diferença entre 'graça' e 'natureza' e de ter sido cmostrado q todos os personagens (e nós tbm) têm ambos em sua essência...
Por outro lado, apesar de toda a 'indiferença' do universo/natureza diante do sentimento humano (como o da perda da mãe), pra mim o filme ainda teve uma forte msgm religiosa (pelo menos no q trata ao q tenho como religião): há alguns anos, nas minhas orações diárias, agradeço a Deus por, em meio a esse universo infinito, Ele ter me dado a vida e a oportunidade de ser feliz.
Beijão, quirida.
ICL

Raquel disse...

bjo, ICL!

b arrais disse...

Eu ia ver esse filme, mas me desanimei com os comentários... de outros amigos principalmente.

Luciana disse...

Assisti ao filme ontem e achei... bem, achei que preciso ver de novo, kkkkk! Não desgostei do filme, mas fiquei com a sensação de que não captei direito a mensagem. Mas gostei do fato de ele não ser muito óbvio. Acho que o "mastigamento" de fimes sobre "temas grandes" termina diminuindo o poder da mensagem que se poderia passar... Talvez até essa sensação de que não entendemos direito seja, exatamente, parte da mensagem. Afinal, alguém consegue explicar essa vida, redondinho?? Rsrs! ;-)