domingo, 19 de julho de 2009

Harry Potter e o Enigma do Príncipe!


Okay, o filme é Harry Potter, então minha tietagem pode impedir uma análise mais profunda (como se eu fosse a crítica de cinema). Aliás, pela dificuldade que estou tendo em escrever este post (já comecei e apaguei várias vezes), vejo que só posso redigi-lo se for na condição de fã.

Já havia mencionado que Harry Potter e o Enigma do Príncipe é meu livro favorito. Depois de testemunhar o aborrescente que Harry foi em Harry Potter e a Ordem da Fênix (livro anterior), era um alívio vê-lo mais relaxado, mais engraçado, mais maduro. Apesar das diversas incursões ao passado de Tom Riddle (o futuro vilão Voldemort), Enigma do Príncipe é um livro bem mais leve, um retorno ao elemento lúdico do universo criado por J. K. Rowling.

No entanto, a principal razão para adorar o sexto livro é o romance entre Harry e Ginny, aquela irmãzinha do Rony que tinha a maior queda pelo Harry desde pequena, mas que nunca tinha sido correspondida. Foi uma surpresa agradável descobrir juntamente com Harry que ele sentia ciúmes da Ginny, e era um barato vê-lo lutando contra instintos, pensamentos e desejos até poder assumir seus sentimentos em relação a ela.

Esses dois motivos que me fazem gostar tanto do Enigma do Príncipe estão presentes no filme, mas não ganharam o relevo que possuem na obra escrita. O longa, talvez para preparar o terreno para o que está por vir, escolheu focar o lado mais sombrio do enredo. Como é impossível retratar tudo o que há no livro, enfatizaram a relação entre Harry e Dumbledore e sua busca pelas memórias de um professor que podem revelar o segredo de Voldemort. É certo que há vários momentos divertidos, e há romance (uhu!), mas persiste o fato de que Enigma do Príncipe tenta ser um filme mais sério.


Mesmo assim, adorei Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Ele não desbancou o meu favorito até agora (em relação aos filmes, prefiro o quarto da série, Harry Potter e o Cálice de Fogo), mas puxa! como faz jus ao conjunto da obra. O visual continua lindo, os efeitos são impressionantes, e o longa ainda conseguiu me assustar e me comover mesmo quando já sabia o que esperar.


Foi interessante notar as liberdades que Steven Kloves tomou ao adaptar o livro. Kloves havia escrito os roteiros de todos os filmes exceto o do anterior (Harry Potter e a Ordem da Fênix). Neste sexto longa, acrescentou, cortou e modificou muitas coisas, o que me faz refletir sobre a influência da pressão do mercado nas escolhas de um roteirista. Não deve ser à toa que, só agora que a série já está mais do que estabelecida comercialmente, Steven Kloves começa a se desprender dos livros e a ousar. Por mais que isso possa irritar muitos fãs, acho que há espaço para inovar nos filmes desde que não se descaracterize a essência da saga. Até o presente momento, penso que todas as adaptações foram bem sucedidas.

E olha só que legal. Tinha adorado as cores do filme. Há uma cena nA Toca, cujo colorido é lindo (apesar da cena em si ser bem tensa). Eis que, lendo a resenha do Pablo Villaça, descubro que o diretor de fotografia é o mesmo dO Fabuloso Destino de Amélie Poulain! Talento é talento.

Por último, só falta registrar uma impressão personalíssima. Achei estranho ver um estilo de direção se repetir em Harry Potter. Com exceção de Chris Columbus, que não tem estilo algum, nenhum outro diretor havia dirigido mais de um filme da série. David Yates comandou Ordem da Fênix, repetiu a dose agora em Enigma do Príncipe e retornará em Relíquias da Morte, que será dividido em duas partes. Ao contrário de Columbus, tem uma forma bem marcada de conduzir a câmera, então foi inevitável sentir algo parecido com déjà vu em certos momentos.

Termino com um trechinho da resenha do Pablo Villaça, que deu cinco estrelas para o filme (êêê!) e me deixou orgulhosa. Afinal, não é qualquer filme que arranca elogios dele:

Revelando-se um pequeno milagre no esquema de produção industrial de Hollywood em função de sua consistência ao longo de seis filmes, a franquia protagonizada pelo (já não tão) pequeno bruxo finalmente alcança, em O Enigma do Príncipe, um exemplar próximo da perfeição - e torçamos para que os dois últimos longas mantenham o padrão de excelência aqui atingido. Afinal, já são quase dez anos investidos no universo fantasioso e encantador de J.K. Rowling.


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