domingo, 23 de outubro de 2011

Foi assim em NYC

Foi do nada. No feriado de 12 de outubro, estava na casa de amigos quando recebi o convite para viajar para Nova York. Bem pertinho, né? Viagenzinha básica. O preço das passagens estava baratíssimo, já tinha companhia garantida, mas faltava decidir a vida no trabalho. Telefonei para meu chefe, pedi desculpas por importuná-lo no feriado e perguntei se podia antecipar minhas férias. Quando ouvi o sim, bateu o friozinho na barriga. Não havia mais empecilho algum. Éramos somente eu e a decisão que eu queria tomar. A minha opção não poderia ser outra. Disse às amigas que iria.

O pequeno detalhe é que a viagem era dali a dois dias! Nunca fiz isso na vida, rs. Nunca viajei sem um mínimo de programação, sem hospedagem reservada, sem roupas lavadas para guardar na mala. Praticamente não dormi do dia 12 para o dia 13. Pela manhã, lembrei de uma coisa meio vagamente. Procurei entre meus livros e achei o que queria. Era o guia da Publifolha de Nova York. Naquele momento, a ficha caiu: sem nem querer, estava prestes a realizar um sonho. Eu possuía aquele guia porque sempre quis conhecer Nova York. Havia-o comprado talvez dois anos antes, tendo em mente que aquele seria o primeiro passo para, algum dia no futuro, visitar a Big Apple.

Então partimos na sexta, dia 14. Tirando aquelas horas intermináveis de voo, foi provavelmente a viagem mais divertida que fiz, tanto pelos companheiros (pessoas lindas) quanto pelos próprios imprevistos. Foi com emoção do começo ao fim, rs. E adorei! Parece que vivi um mês em uma semana.

Hoje me ocorreu que essa experiência guardava uma lição de vida para mim. Quando vivemos sem expectativas, dançando conforme a música, tudo corre bem porque aceitamos o que está sendo. A vida é o que ela está sendo. Não há necessidade de fazermos juízo de valor sobre os acontecimentos, rotulá-los de acertos ou fracassos. A expectativa que criamos é que dá base a esses julgamentos. Fui sem essa danada para NYC e aproveitei cada momento. Carreguei mala procurando hospedagem feliz da vida, peguei chuva sorrindo que nem doida, e fizemos loucuras sem nos importar com o que os outros pensavam.

Abaixo seguem fragmentos dessa semana inesquecível:

Minha placa favorita do Central Park. Imagino que a Margie deve ser uma dessas pessoas apaixonadas pela vida.


Tivemos sorte e pegamos o anoitecer no topo do Rockfeller Center.



Fazendo graça na Macy's. Lá comprei meu par de botas para a próxima viagem, rs.


Agora que a conheci, você já pode entrar em restauração, tá?


A caminho da Ponte do Brooklyn, encontrei esse achado. A noiva calçava um All Star vermelho que nem o meu.


Procurando uma peruca para a tia V.


A vista maravilhosa do Empire State Building.

E é isso. Nova York é linda. Adorei a mistura de prédios antigos e novos, que nunca é desarmônica. Na última noite, caminhava pela 7th Avenue com a amiga S., levando o jantar para o hotel e calçando minhas botas ;o), e comentei que estava me sentindo uma nova iorquina. Adoro quando a cidade que visito se torna familiar pra mim. Foi assim em NYC.

4 comentários:

Márden disse...

:) Fantástico!

Sara Mota disse...

Raquel que maravilha essa sua viagem! Adoro surpresas, elas neutralizam as espectativas e vc simplesmente vive. Parabéns pela viagem, por saber curtir a vida direitinho (sem neuras) e pela maneira como escreve (vc nos leva para o lugar). Abraço.

Anônimo disse...

Qdo vc entra com o espírito leve e a intenção de aproveitar, todo momento pode ser excelente.
Tenho uma sobrinha de 3 meses e me impressiona como ela se encanta até com um tecido estampado qlqr balançando no varal...
Beijão.
ICL

Luciana disse...

Ana, amei a sua viagem, do começo ao fim. Dois dias para Nova Iorque?! Uau!! Isso é que é seguir o fluxo da vida!!

Curti demaisss o placa no banquinho, rsrs! Muito legal!

Bjus!