terça-feira, 29 de março de 2011

De quando tive vocação para ser emo

Encontrei dentro de um álbum de fotografias um fanzine que circulava na minha faculdade de Letras. Lembrava que havia escrito alguns textos para o Albatroz, mas este aqui tinha me escapado da memória e dos arquivos do computador. Foi um esquecimento tal que, folheando o zine, vi o título do texto e continuei passando as páginas, pensando que provavelmente eu guardara aquele exemplar porque havia algum bom conto de alguém conhecido. Somente quando cheguei na última folha foi que vi meu nome como colaboradora e descobri que Muralha era meu! Olha só:

Clique na imagem para poder ler.

(Risquei os emails dos colaboradores e editores.)

Perceberam toda a tentiva de rebuscamento, rs? Relendo-o, recordei que escrevi uma frase só para constar a palavras "perfilar". Agora percebo que não era à toa que um professor de redação me aconselhava a escrever de forma mais simples.

E ô coisa alegre, hein? Devia ser porque eu conciliava duas faculdades (quarenta créditos por semestre) e minha vida social era inexistente.

Ou porque tinha vocação para ser emo e nem sabia. ;o)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Post conjunto - Crônica do Carnaval 2011

(Sei que este post está atrasadíssimo.)

Carnaval. Paraíba, Conde, Praia de Jacumã. Pelo que estava escrito neste site e neste, pensamos que curtiríamos um feriadão tranquilo, ouvindo o som do mar, tomando água de coco, certo?
Dinho: Errado... Chegada: engarrafamento quilométrico, muita gente na rua, barulho... Mapa? Orientações para chegar na pousada? Placas? Pra quê? Não dava para enxergar nada na rua mesmo... E já pra "animar" ou esculachar logo na entrada, nos deparamos com um fenômeno que se se repetiria o carnaval inteiro: rodinhas de pessoas em volta de paredões de som. Um inferno...
Rs. É que, das praias ao sul de João Pessoa, escolhemos sem saber a mais muvucada de todas. Depois tivemos a oportunidade de conhecer Carapibus, Tabatinga, Coqueirinho e Tambaba, todas bem tranquilas. O probleminha era que, depois de curti-las, pegávamos o trânsito inevitável da volta à Jacumã.
Dinho: Pois é. Isso acontecia porque a Pb 008 é praticamente o único acesso para todas essas praias e ela inicia justamente em Jacumã, ou seja, quem quer ir para Carapibus, Tabatinga, Coqueirinho ou Tambaba passa por Jacumã. Legal, né? Agora acrescenta aí a farofada que aporta em Jacumã... Pronto, fez a soma? Imagina então a quantidade de gente, carro, ônibus e barulho naquela cidade... Por sorte a pousada era, de certa forma, isolada disso tudo. O quarto tinha ar condicionado e ficava meio que no centro do prédio, então a muvuca ficava razoavelmente distante.
Tentando olhar com bom humor a situação, até que Jacumã foi uma experiência cultural interessante, rs. Foi a constatação mais concreta de que questão de gosto não se discute! Sério, a que outra conclusão poderíamos chegar ao vermos centenas de pessoas se espremendo suadas e maizenadas ao som de Na Casa das Prima, Liga da Justiça e Minha Mulher Não Deixa Não? E lá testemunhei uma verdadeira sopa humana: mais de vinte pessoas dentro de uma piscina tone no quintal de uma casa. Imagine a qualidade dessa água...

De qualquer forma, as praias de Paraíba merecem uma visita. É só não ir para Jacumã no Carnaval, se multidão não é o que lhe agrada. Adorei o mar calmo de lá e deu vontade de trazê-lo para a Praia do Futuro.

As fotos abaixo são todas by Márden Bandeira:

Praia de Tabatinga.

Canyon de Coqueirinho.

Praia de Tambaba.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Apresentando a Garota Elíptica

Foi a amiga Bb. que me chamou a atenção para o fato. Ela veio me avisar de um HD externo que estava em promoção, e eu, no auge das minhas tentativas de equilíbrio orçamentário, disse que enquanto não terminasse de pagar minha impressora multifuncional wireless, não me submeteria mais às prestações de artigos de informática.

Aí ela riu e disse "Tu tem uma multifuncional, mas não tem um fogão?"

Foi aí que percebi a inversão de valores. Sim, amigos, eu tenho uma multifuncional, mais ainda não tenho um fogão na minha cozinha. Em minha defesa, digo que o microondas quebra o galho e que morria de vontade de ter um impressora/fotocopiadora/scanner, justamente para, dentre outras coisas, fazer isto:



Esses são os desenhos que o Dinho fez para ilustrar as tirinhas que morro de vontade de fazer para postar aqui no blog. Já tenho ideia para três historinhas. Ainda estamos decidindo o nome do bonequinho, e acho que agora estamos em dúvida entre duas opções. O nome da minha personagem é Garota Elíptica, apelido criado pelo Dinho. Deve-se ao fato de eu, do nada, falar certas coisas sem contexto, forçando-o a vasculhar a memória até encontrar o assunto sobre o qual voltei a conversar sem aviso algum.

Eu sempre retruco que ele tem a obrigação de saber o que estou pensando, né filhote? ;o)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Cisne Negro em pedaços


Acabei de assistir ao Cisne Negro. Entendo como esse filme pode ser banal para muitas pessoas, mas devo dizer que ele me tocou. É que tenho uma Nina dentro de mim, e foi ligeiramente incômodo ver esse reflexo no longa. Assim como acontece com a personagem de Natalie Portman, a menininha que há em mim está fortemente ligada ao ideal de perfeição. Sinceramente, não sei explicar a relação de causalidade entre esses dois elementos, mas o fato é que só busco a perfeição enquanto a menininha está no comando. Aí tudo me frusta e me fere, porque nada é perfeito (óbvio!).

No mais, nem sei o que dizer do filme. Comentários e ideias vêm e vão sem coesão alguma. Por causa disso, e porque hoje vou tentar não escrever um texto perfeito, minhas observações seguem em tópicos:

- Adorei o paradoxo que o filme demonstrou ao retratar a realidade da casa de Nina. Lá portas sem trancas significam prisão.

- O sadismo do coreógrafo responsável pela montagem dO Lago dos Cisnes é demonstrado na primeira cena em que aparece. Thomas entra na sala de aula, enquanto bailarinas e bailarinos fazem aula, e sai tocando o ombro de algumas delas enquanto discursa sobre sua próxima produção. Naturalmente somos levados a pensar, assim como as próprias dançarinas, que aquelas serão as futuras concorrentes ao papel principal. Somente depois ele faz o favor de explicar que aquelas farão parte do corpo de baile e que as outras é que deverão comparecer à sala de ensaio para concorrer ao papel de Odette/Odile.

- Por mais que saiba que foi uma escolha do diretor a dualidade preto e branco/rosa para retratar o contraste entre mãe e filha, achei meio forçado ver a mãe de Nina sempre vestida de preto.

- As alucinações de Nina me pareceram uma hipérbole de nossas próprias paranóias. Se pararmos para pensar, as fantasias da bailarina se iniciam a partir de um dado real e depois extrapolam para o fantástico. Suas costas arranhadas são um fato, tanto que sua mãe também as enxerga, mas a mente de Nina constrói e nos sugere (já que partilhamos de sua perspectiva) o nascimento de asas. Não sei quanto a vocês, mas eu já fiz muita tempestade em copo d'água por causa de uma fatozinho de nada sobre o qual minha cabeça ficou fazendo mil conjecturas.

- Natalie Portman está de parabéns por seu trabalho como bailarina. Soube que poucas cenas são de sua dublê. Em alguns momentos, é visível que naquela sapatilha não está o pé de uma profissional, mas é uma questão de estrutura física mesmo: não há como a atriz ter a linha de uma bailarina que dança há anos.

- Depois de ler várias resenhas no Rotten Tomatoes, tenho orgulho de puxar a brasa para nossa sardinha e dizer que a crítica que mais captou a densidade do filme e de seu simbolismo foi a de Pablo Villaça. Shame on you, American Critics!

- Gostei muito desta entrevista com Natalie e Darren Aronofsky. Foi interessante ver a impressão da atriz de que o mundo do balé impõe uma infantilização às bailarinas. Durante sua preparação, Natalie percebeu que as bailarinas falavam com voz de menina, e foi dela a sugestão de que Nina falasse do mesmo modo.

Não pensei em como terminar o post, então fico por aqui.

quarta-feira, 2 de março de 2011

I wanna hold your hand

De bobeira, assisti a um episódio de Glee neste fim de semana e adorei esta versão de I wanna hold your hand:



OBS (escrita em 12/03/2011): Amigos me informaram que o player não está funcionando. Como não consegui resolver o problema, deixo o link para acessar diretamente no goear: http://www.goear.com/listen/bc32242/i-wanna-hold-your-hand-glee-cast.

Fuçando o YouTube, descobri o clipe do seriado, outra versão da música - desta vez entoada no filme Across the Universe - e, é claro, a canção na voz dos Beatles (e reparem no entusiasmo dos dois rapazes sentados na plateia - minutos 1:07 a 1:13 do vídeo).

Como a versão original é mais divertida, aqui vai: